São Camilo de Lellis
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 24“O discípulo não está acima do mestre, nem o servo acima do seu senhor. 25Para o discípulo, basta ser como o seu mestre, e para o servo, ser como o seu senhor. Se ao dono da casa eles chamaram de Belzebu, quanto mais aos seus familiares!
26Não tenhais medo deles, pois nada há de encoberto que não seja revelado, e nada há de escondido que não seja conhecido. 27O que vos digo na escuridão, dizei-o à luz do dia; o que escutais ao pé do ouvido, proclamai-o sobre os telhados! 28Não tenhais medo daqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma! Pelo contrário, temei aquele que pode destruir a alma e o corpo no inferno!
29Não se vendem dois pardais por algumas moedas? No entanto, nenhum deles cai no chão sem o consentimento do vosso Pai. 30Quanto a vós, até os cabelos da cabeça estão todos contados. 31Não tenhais medo! Vós valeis mais do que muitos pardais.
32Portanto, todo aquele que se declarar a meu favor diante dos homens, também eu me declararei em favor dele diante do meu Pai que está nos céus. 33Aquele, porém, que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai que está nos céus.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 24“O discípulo não está acima do mestre, nem o servo acima do seu senhor. 25Para o discípulo, basta ser como o seu mestre, e para o servo, ser como o seu senhor. Se ao dono da casa eles chamaram de Belzebu, quanto mais aos seus familiares!
26Não tenhais medo deles, pois nada há de encoberto que não seja revelado, e nada há de escondido que não seja conhecido. 27O que vos digo na escuridão, dizei-o à luz do dia; o que escutais ao pé do ouvido, proclamai-o sobre os telhados! 28Não tenhais medo daqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma! Pelo contrário, temei aquele que pode destruir a alma e o corpo no inferno!
29Não se vendem dois pardais por algumas moedas? No entanto, nenhum deles cai no chão sem o consentimento do vosso Pai. 30Quanto a vós, até os cabelos da cabeça estão todos contados. 31Não tenhais medo! Vós valeis mais do que muitos pardais.
32Portanto, todo aquele que se declarar a meu favor diante dos homens, também eu me declararei em favor dele diante do meu Pai que está nos céus. 33Aquele, porém, que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai que está nos céus.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
Comentário
Na leitura de hoje, vemos que Cristo nos liberta do medo. Como as enfermidades, os temores podem ser agudos ou crônicos.
Os medos agudos são determinados por uma
situação de perigo extraordinário. Como surgem de improviso, assim
desaparecem com o cessar do perigo, deixando apenas uma má recordação.
Não dependem de nós e são naturais.
Mais perigosos são os medos crônicos, os
que vivem conosco, os quais levamos desde o nascimento ou a infância,
pois se tornam parte de nosso ser e, por vezes, acabamos até os
“acariciando”.
Jesus deu um nome às ansiedades mais comuns do homem: “Que vamos comer? Que vamos beber? Com que vamos nos vestir?” (Mt 6,31). A ansiedade converteu-se na enfermidade do século e é uma das causas principais da multiplicação dos infartos.
Vivemos na ansiedade, no medo irracional
do desconhecido. Temer sempre, esperar, sistematicamente, o pior e viver
sempre numa palpitação. Se o perigo não existe, a ansiedade o inventa;
se existe, agiganta-o.
A pessoa ansiosa sofre sempre duas vezes:
primeiro, na previsão; depois, na realidade. O que Jesus, no Evangelho,
condena não é tanto o simples temor ou a justa solicitude pelo amanhã,
mas, precisamente, a ansiedade e a inquietude. “Não vos preocupeis - diz - com o amanhã. A cada dia se basta com seu próprio mal”.
O remédio para nossas inseguranças se
resume em uma palavra: confiança. Confiar em Deus, crer na providência e
no amor do Pai celeste. “Quanto a vós, até os vossos cabelos da cabeça estão contados. Vós valeis mais que muitos pardais”. A verdadeira raiz de todos os temores é o de encontrar-se só. Esse contínuo medo da criança de ser abandonada.
Jesus nos assegura justamente isso: não seremos abandonados. “Se minha mãe e meu pai me abandonam, o Senhor me acolherá” (Salmo 27,10). Ainda que todos nos abandonem, Ele não o fará. Seu amor é mais forte que tudo.
O Senhor quer nos libertar dos temores,
mas Ele não tem um só modo para fazê-lo, mas dois. Ele nos tira o medo
do coração ou nos ajuda a vivê-lo de maneira nova, mais livre, fazendo
disso uma ocasião de graça para nós e para os demais.
Deus mesmo quis fazer essa
experiência. No Horto das Oliveiras, está escrito que Ele experimentou a
tristeza e a angústia. O texto original sugere a ideia de um terror
solitário, como de quem se sente isolado do consórcio humano, numa
solidão imensa. Ele as quis experimentar precisamente para redimir
também este aspecto da condição humana. Desde aquele dia, vivido em
união com Ele, o medo – especialmente o da morte – tem o poder de nos
levantar em vez de nos deprimir, de nos fazer mais atentos aos demais,
mais compreensivos. Em uma palavra: mais humanos.
Jesus Cristo está comigo. A quem temerei?
Assaltem-me as vagas e a cólera dos grandes: tudo isso não vale,
sequer, o peso de uma teia de aranha, porque Ele está comigo e o Seu
báculo me enche de confiança.
Padre Bantu Mendonça