quinta-feira, 12 de julho de 2012

EVANGELHO DO DIA (13/07) - MATEUS 10,16-23

14ª Semana Comum

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 16“Eis que eu vos envio como ovelhas no meio de lobos. Sede, portanto, prudentes como as serpentes e simples como as pombas. 17Cuidado com os homens, porque eles vos entregarão aos tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas.
18Vós sereis levados diante de governadores e reis, por minha causa, para dar testemunho diante deles e das nações. 19Quando vos entregarem, não fiqueis preocupados como falar ou o que dizer. Então naquele momento vos será indicado o que deveis dizer. 20Com efeito, não sereis vós que havereis de falar, mas sim o Espírito do vosso Pai é que falará através de vós.
21O irmão entregará à morte o próprio irmão; o pai entregará o filho; os filhos se levantarão contra seus pais, e os matarão. 22Vós sereis odiados por todos, por causa do meu nome. Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo. 23Quando vos perseguirem numa cidade, fugi para outra. Em verdade vos digo, vós não acabareis de percorrer as cidades de Israel, antes que venha o Filho do Homem.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
 
Comentário
 
Neste texto, Mateus nos mostra que a vida prometida a nós por Jesus não é somente de prazeres, mas, antes, uma vida também marcada por tribulações quando assumimos a condição de discípulos e missionários de Cristo no mundo moderno.
O apóstolo também nos lembra que os discípulos não terminarão o seu trabalho sem que venha o Filho do Homem.
Sob o ponto de vista do que nos é proposto neste texto, concluímos que todo o sofrimento só será aceito, por Deus, quando for por amor a Jesus: “Por serem meus seguidores, vocês serão levados aos governadores e reis para serem julgados e falarão a eles e aos não-judeus sobre o Evangelho”. Portanto, as tribulações, por amor a Jesus, não são motivos de tristeza, mas sim de alegria, sabendo que fomos destinados a isto: “Vocês serão presos, levados ao tribunal e serão chicoteados nas sinagogas”. Essa alegria não vem do fato de o cristão “gostar” de ser perseguido ou de ser reputado mártir, mas pelo testemunho que dá e pelo galardão que se segue.
Sofrimentos suportados com paciência por um cristão servem de exemplo e testemunho para toda a Igreja. O apóstolo Pedro emprega sete vezes as palavras “sofrer” e “sofrimento” com referência a Cristo, encorajando os cristãos a seguirem o exemplo de Jesus.
Sofrer é a escola de simpatia do Espírito Santo, onde aprendemos a consolar e a confortar as pessoas da mesma maneira que Deus o faz. Somente quem enfrentou a dor e as perdas pode, genuinamente, consolar os que passam por tais situações (cf. Hb 4,15).
O sofrimento é o meio usado pelom Senhor para nos fazer crescer na fé. Pedro diz que o padecimento é comparado à ação do fogo, como um elemento purificador que torna o objeto aprovado, aperfeiçoado, confirmado.
Quando passarmos pelo sofrimento, devemos nos lembrar que o Senhor está conosco e não permitirá que soframos além do que podemos suportar. Ele converterá em bem todos os males e perseguições sofridas por aqueles que O amam e obedecem aos Seus mandamentos. Ele se importa conosco, independente da severidade das circunstâncias.
Nunca devemos permitir que o mal nos leve a pensar que Deus não nos ama nem deixar que ele nos afaste de Jesus (cf. Mt 13,20-21). Devemos recorrer ao Senhor em oração sincera, esperar até que Ele nos liberte da aflição e confiar que o Pai nos dará a graça para suportar a aflição até chegar o livramento. Convém lembrar sempre: “somos mais do que vencedores por aquele que nos amou” (cf. Rm 8,37; Jo 16,33).

Padre Bantu Mendonça