11ª SEMANA COMUM
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 1“Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles. Caso contrário, não recebereis a recompensa do vosso Pai que está nos céus.
2Por isso, quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem elogiados pelos homens. Em verdade vos digo: eles já receberam a sua recompensa.
3Ao contrário, quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita, 4de modo que, a tua esmola fique oculta. E o teu Pai, que vê o que está oculto, te dará recompensa.
5Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar em pé, nas sinagogas e nas esquinas das praças, para serem vistos pelos homens. Em verdade, vos digo: eles já receberam a sua recompensa.
6Ao contrário, quando tu orares, entra no teu quarto, fecha a porta, e reza ao teu Pai que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa.
16Quando jejuardes, não fiqueis com o rosto triste como os hipócritas. Eles desfiguram o rosto, para que os homens vejam que estão jejuando. Em verdade, vos digo: Eles já receberam a sua recompensa.
17Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, 18para que os homens não vejam que estás jejuando, mas somente teu Pai, que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 1“Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles. Caso contrário, não recebereis a recompensa do vosso Pai que está nos céus.
2Por isso, quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem elogiados pelos homens. Em verdade vos digo: eles já receberam a sua recompensa.
3Ao contrário, quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita, 4de modo que, a tua esmola fique oculta. E o teu Pai, que vê o que está oculto, te dará recompensa.
5Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar em pé, nas sinagogas e nas esquinas das praças, para serem vistos pelos homens. Em verdade, vos digo: eles já receberam a sua recompensa.
6Ao contrário, quando tu orares, entra no teu quarto, fecha a porta, e reza ao teu Pai que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa.
16Quando jejuardes, não fiqueis com o rosto triste como os hipócritas. Eles desfiguram o rosto, para que os homens vejam que estão jejuando. Em verdade, vos digo: Eles já receberam a sua recompensa.
17Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, 18para que os homens não vejam que estás jejuando, mas somente teu Pai, que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
Comentário
O texto de hoje nos ajuda a fazer uma
reflexão, uma introspecção. Estamos diante de um Evangelho que determina
o nosso ser cristão. É, diria eu, o termômetro da nossa própria fé
católica. E não poderia existir passagem melhor do que esta de hoje.
A prática da justiça, no sentido
religioso, significava a busca de justificação diante de Deus. As mais
consagradas eram: a esmola, a oração e o jejum. Por esta prática, o
piedoso judeu julgava-se justo diante de Deus. Com atitude ostensiva, os
líderes religiosos do templo e das sinagogas afirmavam seu prestígio e
poder.
A penitência, muitas vezes vista como uma
prática de sofrimento, na verdade tem o caráter modificador, que nos
transforma e nos faz perceber que podemos viver sem certas coisas do
mundo.
Compreendemos que os sacrifícios feitos
deverão, portanto, ser fonte de crescimento, de amadurecimento
espiritual e não motivo de promoção pessoal. Por isso não devem ser
expostos ao mundo, pois é interioridade, é intimidade com Deus.
Isto vale para todos os nossos atos
religiosos ou aparentemente humanitários. Não podem ser forma de se
vangloriar de sua bondade, mas de promover sua espiritualidade e também o
bem de outras pessoas.
“Sê assíduo à oração e à meditação.
Disseste-me que já tinhas começado. Isso é um enorme consolo para um Pai
que te ama como Ele te ama! Continua, pois, a progredir nesse exercício
de amor a Deus. Dá todos os dias um passo: de noite, à suave luz da
lamparina, entre as fraquezas e na secura de espírito; ou de dia, na
alegria e na luminosidade que deslumbra a alma.
Se conseguires, fala ao Senhor na oração,
louva-o. Se não conseguires, por não teres ainda progredido o
suficiente na vida espiritual, não te preocupes: fecha-te no teu quarto e
põe-te na presença de Deus. Ele ver-te-á e apreciará a tua presença e o
teu silêncio. Depois, pegar-te-á na mão, falará contigo, dará contigo
cem passos pelas veredas do jardim que é a oração, onde encontrarás
consolo. Permanecer na presença de Deus com o simples fito de manifestar
a nossa vontade de nos reconhecermos como seus servidores é um
excelente exercício espiritual, que nos faz progredir no caminho da
perfeição.
Quando estiveres unido a Deus pela
oração, examina quem és verdadeiramente; fala com Ele, se conseguires;
se te for impossível, detém-te, permanece diante dele. Em nada mais te
empenhes como nisso”.
Não se trata de conceber a oração
interior, livre de todas as formas tradicionais, como uma piedade
simplesmente subjetiva e de opô-la à liturgia, que seria a oração
objetiva da Igreja; através de toda a verdadeira oração, alguma coisa se
passa na Igreja e é ela própria quem reza, porque é o Espírito Santo
que vive nela que, em cada alma única, “intercede por nós com gemidos
inefáveis” (Rom 8, 26). E essa é, justamente, a verdadeira oração,
porque “ninguém pode dizer ‘Jesus é o Senhor’ senão por influência do
Espírito Santo” (1Cor 12, 3). O que seria a oração da Igreja se não
fosse a oferenda daqueles que, ardendo com grande amor, se entregam ao
Deus que é amor?
Jesus nos mostra, neste texto, ao falar
da oração, jejum e caridade de forma consciente o momento e o ato mais
importante da nossa íntima união com Ele. E nos faz saber que estes atos
devem ser livres e desimpedidos, desinteressados de reconhecimento. A
partir do momento em que vivemos estas três lições de Cristo oração,
jejum e penitência, em nossas vidas, tudo em nós será um eterno aleluia.
Jesus terá verdadeiramente ressuscitado em nós.
Espírito de piedade ensina-me o modo de agir que realmente agrade ao Pai, e mereça a recompensa divina.
Padre Bantu Mendonça