São Luis Gonzaga
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 7“Quando orardes, não useis muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por força das muitas palavras. 8Não sejais como eles, pois vosso Pai sabe do que precisais, muito antes que vós o peçais. 9Vós deveis rezar assim: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; 10venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus.
11O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. 12Perdoa as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. 13E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. 14De fato, se vós perdoardes aos homens as faltas que eles cometeram, vosso Pai que está nos céus também vos perdoará. 15Mas, se vós não perdoardes aos homens, vosso Pai também não perdoará as faltas que vós cometestes”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 7“Quando orardes, não useis muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por força das muitas palavras. 8Não sejais como eles, pois vosso Pai sabe do que precisais, muito antes que vós o peçais. 9Vós deveis rezar assim: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; 10venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus.
11O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. 12Perdoa as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. 13E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. 14De fato, se vós perdoardes aos homens as faltas que eles cometeram, vosso Pai que está nos céus também vos perdoará. 15Mas, se vós não perdoardes aos homens, vosso Pai também não perdoará as faltas que vós cometestes”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
Comentário
A oração mais perfeita e completa que
temos é o Pai-Nosso. Muitos dos nossos irmãos evangélicos criticam nosso
rezar, porque dizem que este se trata de palavras repetidas, não
espontâneas. No entanto, eu lhe digo, meu irmão, se você entender a
oração que Cristo nos deixou, se refletir cada palavra e,
principalmente, se as viver, não precisará de mais nenhuma oração. Nela,
encontramos tudo o que precisamos para sermos santos.
“Pai nosso, que estais no céu,
santificado seja o Vosso nome”. Você já reparou que Jesus não disse “meu
Pai”? Deus é Pai de todos nós e temos de ter uma consciência
comunitária em nossas orações. “Que estais no céu”, em toda parte,
inclusive aqui, agora. “Santificado seja o Vosso nome”, significa que
não só o nome, mas também Sua realidade divina, em três Pessoas, seja
adorada, glorificada, conhecida e acreditada no mundo inteiro. Para que
isso aconteça, precisamos fazer a nossa parte como anunciadores da
mensagem de Jesus Cristo.
“Venha a nós o Vosso Reino”. É importante
explicar aos nossos filhos e às crianças do Catecismo o que isso
significa: “venha a nós o governo de Deus”, ou seja, precisamos permitir
que o Senhor governe nossa vida. A oração do Pai-Nosso está no plural,
porque toda oração que rezamos não deve ser apenas pessoal, mas
realizada para todos.
“Seja feita a Vossa vontade assim na
terra como no céu” e não a nossa vontade, não a vontade de satanás nem
do assaltante ou daqueles que querem nos prejudicar. Não a vontade dos
que pretendem nos afastar do caminho, da verdade e da vida.
“O pão nosso de cada dia nos dai hoje”. E
amanhã, eu não vou comer? Sim, mas nós vamos rezar, agradecer e pedir
novamente. Este é o procedimento, porque Deus nos aconselha a não nos
preocuparmos com o dia de amanhã. Por isso, vamos pedir o pão somente
para hoje.
Pão, aqui, não significa somente o
pãozinho da padaria, mas sim o alimento, a saúde para trabalhar, o
estudo que nos prepara para ganhar dinheiro, o emprego tão difícil de
encontrar hoje em dia, etc.
“Perdoai as nossas ofensas, assim como
nós perdoamos aos que nos ofenderam”. Quando somos lesados,
injustiçados, precisamos recorrer aos nossos direitos, porque se todo
cristão ficar “bonzinho”, sem reclamar de nenhum abuso cometido pelos
outros, todos vão se aproveitar de nós, fazendo-nos de bobos. No
entanto, depois da tempestade vem sempre a calmaria, a paz. Fiquemos
atentos, porque Jesus sempre nos orienta a fazer as pazes.
“E não nos deixeis cair em tentação”,
porque são muitas as seduções que nos cercam no nosso dia a dia,
tentando tirar-nos a paz e a amizade com Deus.
“Mas livrai-nos do mal”. São tantos os males desta vida: assaltos, roubos, acidentes, tentações, etc.
Temos a liberdade de chamar nosso Criador
de Pai, mas não somente “meu Pai”. É o nosso Pai quem nos leva à
unidade com os irmãos espalhados pelo mundo, os quais também oram o
Pai-Nosso. Damos ao nome de Deus o devido respeito – santificado seja
Seu nome – e pedimos que Seu Reino esteja entre nós. Entregamos nossa
vida a Ele, quando pedimos que seja feita Sua vontade.
No centro da oração, mais uma vez,
tratamos o Senhor como Pai, afinal quem é o responsável pelo nosso
sustento, nosso pão de cada dia, senão Ele? Mostramo-nos arrependidos
quando Lhe pedimos perdão pelos nossos pecados. E assumimos nossas
fraquezas quando solicitamos Sua proteção e o livramento dos males que
não podemos controlar.
Entretanto, pergunto-me: Será que vivemos
em unidade com nossos irmãos? Será que, verdadeiramente, tratamos o
nome de Deus com o devido respeito? Perdoamos aos nossos irmãos do mesmo
modo que desejamos ser perdoados? Será que, muitas vezes, não
facilitamos para que o mal entre em nossas vidas?
“Pai, livre-me de reduzir as palavras
vazias, a oração que Jesus nos ensinou. Que eu saiba encontrar o sentido
do Pai-Nosso centrando minha vida na filiação divina e na fraternidade.
Amém!
Padre Bantu Mendonça